sexta-feira, 3 de julho de 2020

Prudência é o melhor remédio

'Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas' (Jesus-Mateus 10.16).
Prudência é a condição de enfrentar situações com moderação e sabedoria, e tem que ver com visão, direção e o exercício de virtudes.
Embora haja em nós o ímpeto da crença e Fé e o forte desejo de cultuar ao SENHOR como igreja, associado a outros, o momento pede cautela, que é a precaução para evitar dano, transtorno.

SITUAÇÃO CRÍTICA

Temos notícias diárias de morte de pastores, obreiros e de membros de igrejas, e de outros em estado grave.
Mesmo em situação em que uma pessoa contraía o Coronavírus na rua, no comércio, em um supermercado, por exemplo, a culpa recairá sobre a igreja, caso a mesma tenha participado de culto.

VULNERABILIDADE

Por outro lado, os líderes sempre são alvos fáceis de contaminação, pois mantém-se em contato constante com muitas pessoas e em diferentes circunstâncias.
No momento é aconselhável seguir líderes prudentes e que se submetem à imposição de não funcionamento.

RECOMENDAÇÕES

Completo minhas humildes e respeitosas considerações sobre a postura, a serem observadas neste momento de agravamento de contaminação da Covid19, onde a ameaça existir, obviamente, para que não tentemos ao SENHOR (Mt 4.8).

COMO DEVEMOS NOS PORTAR

1- Manter o templo fechado;
2- Usas constante máscara, com substituição periódica (a recomendação é substituí-la a cada 4h);
3- Uso de máscara em público, e inclusive em gravações (lives);
4- Manter o Distanciamento de outras pessoas;
5- Não usar a mão para cumprimentos;
6- Não manter quaisquer outros tipos de contato, como abraço;
7- Sem qualquer tipo de aglomeração com outras pessoas;
8- Sem reuniões de grupos ou segmentos da igreja;
9- Práticas de asseio constante (como lavar as mãos com sabão/sabonete), incluindo o
10- Uso permanente de álcool gel.


A BÍBLIA PRECONIZA:

'Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos' (ou difíceis)...
'Perseguições e aflições'...
'Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra' (2Tm 3.1,11,17).


REMÉDIO SÁBIO

Neste momento, a prudência deve ser exercitada. Ela é a condição de enfrentar situações com moderação e sabedoria, e tem que ver com visão, direção e o exercício de virtudes.
'O prudente vê o mal e se esconde; mas os insensatos passam adiante e sofrem a pena', Pv 27.12

(Pr Antônio Mesquita - Assembleia de Deus em São Carlos/SP - CGADB)

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Igreja e estado: Uma união não necessária

Só para ficar claro: Sou professor do ensino secular e do ensino teológico e como tal, sei muito bem separar os conteúdos seculares dos teológicos. De maneira que, apesar de ter meu particular posicionamento e a cada dois anos exercer meu papel como cidadão, NÃO sou ativista político. Não defendo nenhum dos lados da bipolaridade político-partidária existente no Brasil na atualidade. E NÃO farei isso. Há muito tenho dito: ambos os lados quando ferrenhamente defensores de seus gurus são extremamente chatos, insuportáveis.
Meu posicionamento está baseado no fato de que por meio de estudos feitos, foi possível conhecer parte da história dos povos e de como as nações se constituíram, de como os grupos ascendem ao poder e o que e como fazem para permanecer nele. Sendo assim, não vejo importância em aferrar-se a nenhum dos dois lados.
Além disso, percebe-se que para tudo e em tudo há jogo de interesses, sobretudo por parte de quem está no poder e apadrinhamentos, conchavos, são partes desse jogo. E eu, como popularmente dizemos: "tô fora".
Não me importa que os governantes não me apoiem como cristão protestante, evangélico, crente ou seja lá o que for, haja visto que a Igreja passou, ao longo da história, por uma série de dificuldades com seus governantes. Desde o início do cristianismo os primeiros cristãos sempre sofreram com os governantes, a começar pelo maior de todos, Jesus Cristo e o governo romano, Paulo, Pedro, Tiago, João e, novamente entraves com o governo de Roma. (Quem não conhece a história estude).
Na verdade, a Igreja só foi ter alguma "paz" quando passou a ter aliança com Estado. Lembra da história do Clero (Igreja) e da Nobreza (Reis), da Idade Média? Tanto que nós, protestantes, só estamos aqui como tal, devido ao rompimento com o Estado que foi o que fizeram os reformadores como Lutero, Calvino e outros ao divergir de suas lideranças contemporâneas.
Assim sendo, o apoio dos governantes não é a chave para o Reino de Deus. Inclusive, grande parte do crescimento do Reino se deu por meio do que grandes homens de Deus, ao longo da história, fizeram sem o apoio dos governantes.
Só para citar alguns dos grandes: Martinho Lutero, João Calvino, Philipp Melanchthon, Ulrich Zwinglio, Thomas Müntzer, John Wyclif... E os puritanos então, grandes homens como Jhon Knox, Richard Baxter, William Whittingham e, posteriormente os "quakers" como George Fox (aquele da latinha quaker, do chapéu), William Penn e outros e, ainda, outros grandes da história como Jhon Bunyan, Charles Spurgeon, Jhon Wesley, etc. que NÃO pregaram sendo aplaudidos pelos governos de suas épocas.
De forma que, se esses homens passaram por tudo isso, quem somos nós cristãos brasileiros - em sua grande parte meros propagadores de heresias, triunfalismos, bizarrices das mais variadas, para todos os gostos - para depender, nos sujeitar aos aplausos dos governantes.
Com isso, não estou dizendo ser contra as autoridades constituídas, afinal de contas, respeitá-las é bíblico. Porém, importa fazermos o que a Bíblia ensina e ponto. Basta a nós respeitá-los como autoridades constituídas por Deus mediante a escolha feita por parte do povo.
Aliás, escrevo esse fragmento justamente num contexto em que uma pequena parcela da população demonstra apoio a APENAS um dos três poderes e aos outros dois não, a ponto de atentar contra eles com fogos de artifícios, palavras de baixo calão e comportamento antidemocrático.
A Bíblia nos ensina a estarmos sujeitos às autoridades. Sendo assim, tanto o legislativo, quanto o executivo como o judiciário devem ser respeitados. (Romanos 13.1-2)
Em todo o caso, se há uma coisa que TODOS precisamos ter atualmente é discernimento das coisas para que haja respeito, harmonia, compreensão com quem não pensa como nós.
Deus abençoe a todos! Fique em paz!

quinta-feira, 4 de junho de 2020

"A igreja (templo) e a Covid-19 - Uma questão de prudência e amor ao próximo"

Olá meus irmãos e amigos que curtem a minha página, meu blog e em meu canal do Youtube, saudações a todos na paz do Senhor. Espero que ninguém se espante com o que vou comentar aqui. Quem gostar gostou e quem não gostar não tem problema, não me preocupo em agradar a ninguém. Estive pensando em fazer um vídeo para falar sobre o assunto. Porém, como não sou de me manifestar muito, ainda está só no pensamento.
Bom, sei que sou insignificante nesse meio evangélico ao qual pertenço. Porém, tenho visto com muita preocupação o momento pelo qual passamos em relação à Pandemia de Covid-19 e o nosso comportamento como igreja. Parece que há uma espécie de uma histeria por igrejas abertas, cultos a todo o custo. Estamos perdendo nossos irmãos, mas queremos cultos presenciais a todo custo. Vários irmãos já partiram. Já vi vários posts de condolências a irmãos, pastores que há poucos dias atrás estavam nos cultos e hoje já não estão mais nem entre nós. Penso que poderíamos e deveríamos esperar, poderíamos cultuar online, como já vínhamos fazendo, sem aglomerações, uma vez que igreja (templo) não é atividade essencial.
Tem sido possível perceber que ao adotarmos o modo presencial, não estamos nos comportando de maneira apropriada, não temos procedido correta, sóbria e prudentemente. Tenho visto (por meio de vídeos, fotos e transmissões online), em muitas igrejas, cultos em que poucos ou ninguém, isso mesmo, ninguém está usando máscara. Grupos cantam se esbarrando, sem máscaras, pastores chamam p/ frente, oram sem máscara. É triste isso porque como cristãos NÃO temos sido exemplo dos fiéis.
Ninguém está imune, isento até o momento. Todos corremos risco e a precaução, o cuidado com o outro, com o próximo deveria fazer parte da nossa conduta. Até por que, assim fazendo, estaremos obedecendo uma série de ordenanças bíblicas como a que fala do "amor ao próximo", do "não tentar ao Senhor", do "ser prudente"..
"Não tentarás o Senhor teu Deus" (Mateus 4:7)
"E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria" (1 Coríntios 13:2)
Infelizmente estamos todos em risco e arriscando a vida dos outros. Deveríamos pensar nisso.
Ficam nossos sentimentos pelos que já partiram, nossas orações em favor dos que ficamos e a torcida para que não surjam novos casos entre nós. Vários irmãos já partiram.
Deus abençoe a todos!
Por Joãozinho Camargo (membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pinhão/PR)